Confesso-me ansioso pelo jogo de sábado com o Trofense. O Mundial já acabou há demasiado tempo, o Eurosport vai transmitindo alguns encontros de futebol amigáveis e o Europeu de sub-19, mas não há nada como um jogo do Rio Ave.
Sei que será muito cedo para tirar qualquer conclusão em relação a reforços e ao que a equipa será capaz de produzir esta época. Mas serve pelo menos para animar os adeptos nesta verdadeira travessia de deserto futebolístico. Servirá também para o reencontro com Mozer e Idalécio agora a representar a equipa do treinador vilacondense Daniel Ramos, também ele um ex-atleta do clube e de quem se chegou a falar como possível treinador do Rio Ave, tivesse Pedro Soares avançado para a candidatura à presidência do clube nas últimas eleições.
Fait divers
Mora e Milhazes participaram no último domingo numa iniciativa denominada "O Desporto na luta contra o abandono de animais". Boa iniciativa. Aos portugueses em geral falta alguma cultura não só desportiva como também de amor aos animais. Tive até há cerca de um mês atrás dois cães. Tive porque um deles, um retrivier de labrador, decidiu tirar umas férias lá de casa desaparecendo sem rasto, apesar de todos os esforços que já fiz para o encontrar. Já o tinha há 5 anos e o seu desaparecimento deixou a família de moral em baixo, mas quem mais sofreu com esta partida foi o seu parceiro de sempre, o super-rafeiro Jimi (nome de guerra Jimi Floyd Hasselbaink. Sim, a loucura pela bola estende-se ao nome dos cães. Já agora o desaparecido chama-se Marius Niculae, com a alcunha de Nico). Estou convencido que o Nico foi acolhido nalguma casa vilacondense. Espero que esteja bem tratado e que não o abandonem assim que o efeito "novidade" tenha passado. Também estou convencido que se o desaparecido fosse o outro, o rafeiro, ninguém o teria recolhido. A um rafeiro ninguém liga. Mesmo tratando-se de um companheirão, de um amigo sempre fiel, de um animal absolutamente extraoridnário a todos os títulos. Mas rafeiro...
Volta Nico! Sábado levo-te a ver o Rio Ave FC!