Ganhámos um ponto perante um FC Porto muito fraco (o mais fraco dos últimos tempos, mais fraco do que na Amadora).
Podíamos ter tentado mais, mas isso pressuporia um outro esquema táctico (4-3-3 ou 4-5-1), com Agostinho e Ricardo Jorge pelas alas, beneficiando do desenho maluco de Adrianso.
Gostaria que tivessemos tentado um pouco mais - mesmo que acabássemos derrotados. Porque, apesar do ponto, foi uma exibição que nos envergonha, tão inoperante, tão segunda divisão.
É preciso dizer isto claramente: se Mozer e Delson cumpriram relativamente bem o que se hes pedia (roubar a bola aos portistas), os dois da frente (Marquinhos e Cleiton) não deram uma para a caixa: não desmarcam, não cruzam, não rasgam. Não haverá ninguém que possa ser experimentado naquele lugar?
Aproveito esta oportunidade para denunciar, mais uma vez, algo que nos envergonha no mundo profissionalizado do futebol português: várias vezes o massagista Arruela levantou-se sozinho para ir assistir os nossos jogadores.
O médico, esse, levantou-se uma ou duas vezes, sempre em situações perto do banco de suplentes. Alguém conhece um caso parecido? E se há uma lesão mais grave? Ou será que o médico, qualquer que ele seja, não vai fazer nada ao relvado? Então anda todo o mundo enganado...
O dr. Teófilo deve merecer o respeito de todos os rioavistas, mas nesta fase já estamos a confundir o mais importante: a saúde dos jogadores pode estar em causa porque o dr. Teófilo não tem a coragem de sair ou o clube a coragem de lhe dizer que o ciclo chegou ao fim!
Mora: 3 (sempre bem, quando preciso; uma nota - não, não é sobre os atrasos...: precisa de corrigir o pontapé, sobretudo quando apertado; há demasiadas bolas ou fora da linha ou a queimar; e assim perdem-se ataques)
Zé Gomes: 2 (tinha Quaresma pela frente e lá foi fazendo o possível; podia e devia ter atacado mais)
Bruno Mendes: 3 (o melhor em campo; seguro, determinado, corajoso)
Danielson: 3 (menos bem nas marcações individuais)
Milhazes: 3 (esforçado, concentrado - não rematou à nossa baliza... - e determinado; este é o Milhazes na sua melhor forma)
Mozer: 2 (luta muito, mas demasiadas vezes em falta; urgente corrigir esse aspecto, tal como o passe depois de roubar a bola)
Delson: 2 (menos bem do que o normal; mais trapalhão; foi o que mais rematou)
Cleiton: 0 (admito que a nota resulta da frustração de algumas expectativas que nele depositei; mas se é este o Cleiton que podemos esperar até ao fim, mais vale dar o lugar a outro);
Marquinhos: 1 (acredito que Marquinhos esteja a jogar o máximo que lhe é possível e que até esteja em forma. Mas isso é muito pouco - quantas jogadas de ataque construiu ou ajudou a construir?);
Evandro: 2 (esperava mais de um jogador que gosta de explodir neste tipo de jogos; tentou segurar a bola e levá-la para a frente, e isso representa um sacrifício da sua parte, mas está visto que não gosta de jogar encostado à linha - atrás de gaúcho é que era)
Gaúcho: 1 (não concordo com o Gil, quando diz que Gaúcho esteve em missão de sacríficio; nem mais nem menos do que em outros jogos, acho; esteve, foi, desinspirado! Acho que foi o seu pior jogo )
Chidi: 2 (Gaúcho esteve tão mal que Chidi, em pouco tempo, fez mais do que o brasileiro!);
Ricardo Jorge: 0 (sem tempo ou sem possibilidades para fazer mais);
Idalécio: 0
António Sousa: 1 (uma nota negativa pela falta de ousadia, pela incapacidade para mudar o esquema da equipa, pela aposta no empate: no Dragão correu mal; ontem correu bem... - se no final da época sobrevivermos por um ponto lembrar-me-ei de fazer justiça!)
Mora: 3 - sempre seguro e a transmitir segurança à defesa;
Milhazes: 3 - Muito certinho, como é habitual, não se deixando atemorizar nem por Lisandro Lopez, nem por Quaresma;
Bruno Mendes: 3 - exibição atenta e bem conseguida. Leva o voto de Melhor em Campo;
Danielson: 3 - começou menos bem, mas depois corrigiu com o tempo. Não esteve tão bem como noutros jogos, mas o adversário era de respeito;
Zé Gomes: 1 - deu muitos espaços pelo seu lado a defender e quase não atacou;
Cleiton: 1 - exibição pálida. É tecnicamente evoluído, mas pobre em muitos outros aspectos do jogo;
Delson: 3 - correu e batalhou até à substituição, sem brilhantismo é certo, mas gostei da entrega;
Mozer: 3 - outro que lutou que se fartou, nem sempre bem, nem sempre com descernimento, mas que soube dar o exemplo;
Marquinhos: 0 - durante todo o encontro pareceu-me absolutamente desorientado. Instalem um GPS no rapaz! É um jogador fetiche de António Sousa, mas que na minha irrelevante opinião tem que mostrar muito mais para justificar o lugar na equipa;
Evandro: 2 - a bola poucas vezes passou por ele, porque quase não chegava lá;
Gaúcho: 1 - outro com uma missão de sacrifício, abandonado entre os poucos defesas portistas;
Chidi: 1 - o nigeriano trouxe força ao ataque, jogando numa posição diferente da de Gaúcho;
Ricardo Jorge: 0 - participação irrelavante no encontro;
Idalécio: 0 - terá tocado na bola?
António Sousa: 2 - o resultado não deixa de ser positivo tendo em conta o adversário. Mas terá faltado alguma matreirice para aproveitar o esquema táctico do adversário, extremamente ofensivo, e tentar ganhar o jogo.
Como é fácil de perceber, não fui a Guimarães. Mas pelo que ouvi através do Vidal e do Gualter, as coisas até não correram mal - sobretudo para uma equipa que jogou com menos um durante o segundo tempo (o tal de Anic não podia ter começado pior; espero é que quem de direito lhe faça ver isso mesmo);
- domingo não temos Anic nem Niquinha (Niquinha, apesar de não estar naquela forma de início de época, raramente joga mal). Mas naquela zona até não estamos mal servidos. Delson está em grande e Mozer - se não vir nenhum cartão amarelo aos 10 minutos - fazem o papel;
- Cleiton, titular provável, é uma incógnita para mim (e já o escrevi). Deu-me a impressão no início da época que poderia fazer muito mais. Mas a minha perplexidade começa no facto de estar a jogar encostado à linha (às vezes como extremo) e não ter velocidade. Não daria um bom nº 10, na linha de Jaime, por exemplo?
- Acreditem que penso sempre (pelo menos) duas vezes sempre que tenho de dizer mal de um jogador do Rio Ave - eles precisam de confiança e não gostarão de ler os seus próprios adeptos a criticá-los. Mas se eles querem ganhar, nós - os adeptos - ainda queremos mais. E quando as coisas não correm bem é preciso perceber porquê. Vem isto a propósito do caso-Marquinhos: não sei se virá a ter a qualidade suficiente para (espero que sim), mas para já não o vejo a fazer a diferença naquele lugar que deve ser mais avançado do que recuado. Agostinho não faria melhor?
- Gaúcho e Evandro parecem-me ser, desde a primeira jornada, a dupla óbvia na frente - Evandro costuma explodir em jogos de grande intensidade como é o do FC Porto. Por falar nisso: gostava muito de ganhar, mas não estou a contar com isso. Mais importante: não apanhar cartões porque o nosso campeonato recomeça no fim de semana seguinte na Amadora
- (uma coisa é certa no entanto: ou o FC Porto surpreende, ou nunca foi tão fácil ganhar aos azuis e brancos como agora)
Tínhamos de ganhar e ganhámos - o Penafiel é de outro campeonato (a propósito: intriga-me ver uma equipa, a meio do campeonato, de braços caídos, resignada, quase a arrastar-se, sem tentar dar a volta...).
A vitória não vale mais do que os três pontos (e não é pouco...). Jogámos bem? Não, mas também não era possível; construímos jogadas de qualidade? Uma ou duas, mas também não condições para isso.
Registo que os dois suplentes que na penúltima jornada tentaram fazer a diferença (Delson e Evandro) ontem foram titulares. E os melhores em campo.
O nosso campeonato regressa no sábado em Guimarães!
Nota pessoal: neste blogue só falo de futebol, de jogadores, bolas e tácticas. Mas que sentido faz distribuir, com o jogo a decorrer, uma ficha do jogo colorida com, entre outras informações, equipas prováveis? Momento único: Cleiton estava atrás de mim num camarote (a chuva...) quando recebeu essa fotocópia em que era dado como titular! Aliás, no meio campo, também Mozer e Anic apareciam como titulares e...
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