O nosso presidente interrompeu o silêncio - já aqui criticado - para pedir empenho aos jogadores.
Terá razão?
Em parte. Há jogadores que desiludiram, apesar das múltiplas oportunidades que tiveram, e outros que nunca vingaram, nas poucas oportunidades.
Milhazes, Chidi, Marquinhos, Evandro (apesar da época atribulada), Mozer ou Delson poderiam ter feito mais? Sim, se acharmos que têm mais futebol do que aquele que mostraram. A outra alternativa é acreditarmos que deram tudo em campo. E, à excepção de Evandro, quem dá o que tem a mais não é obrigado. Nem pode...
Eu vou mais por esta segunda hipótese...
Paulo de Carvalho tem alguma razão: há jogadores que não deram o que deles se esperava. Mas só alguma. Porque uma coisa é o que se esperava outra o que eles podem realmente dar. Chidi ou Keita, por exemplo. O primeiro teve a época toda para se mostrar. E não mostrou nada.
Os leitores deste blogue sabem que várias vezes o disse. E também escrevi que devia ser dada uma oportunidade ao jovem Fábio Coentrão.
Há instantes li na página oficial que o miudo marcou os três golos dos juniores em Matosinhos.
E na equipa senior nem uma oportunidade (a não ser no jogo da Taça, em que - suplente - foi o melhor em campo)!
Lamentável, sem dúvida!
Olá Gil,
Tinha decidido não escrever nada até estar consumada a descida de divisão - que me parece irreversível desde a derrota com a Académica.
Quando não temos nada de bom para dizer - e não o precisamos de o dizer - penso é melhor estar calado.
Também por isso não fui a Barcelos - apesar de ter o bilhete na mão, achei que podia empregar melhor o meu tempo (se fizer as contas são muitas horas passadas a ver o nosso clube: todos os jogos em casa, todos os que, fora, passaram na televisão e ainda várias deslocações, uma delas de muito má memória, a de Alvalade).
Quando isto acabar estou a pensar escrever algumas coisas sobre o que correu mal esta época, mas só o farei - repito - quando a descida for irreversível: não sou religioso, mas se os milagres acontecem, porque não um envolvendo São Eusébio?...
Então por que escrevo? Para te dizer que és melhor rioavista do que eu. A sério. O texto que puseste on line, há pouco, é algo que só um grande rioavista pode fazer (sem qualquer sarcasmo, como é evidente).
O que é que nos diferencia? Estou muito triste e desiludido. Sinto mesmo alguma raiva por tudo o que nos está a acontecer. Nem sequer me apetece falar no assunto. Muito menos imaginar-me na bancada a ver o Trofense, o Gondomar ou o Vizela! As quotas continuarei a pagar, mas não garanto que esteja nos jogos todos. Não é de grande rioavista, seu sei.
Por isso digo que gostaria de ter escrito aquele texto.
Por isso te mando aquele abraço de admiração.
Esperei até hoje para ver até que ponto a Direcção do nosso clube se manifestaria no mesmo sentido do treinador - relativamente à última arbitragem.
Esperei que o presidente da Direcção ou o responsável pelo futebol chamassem os jornalistas para lhes mostrar os lances da polémica e para denunciar que o Rio Ave está a ser empurrado para baixo.
Esperei até hoje para perceber até que ponto a Direcção estaria empenhada em, denunciando, tentar inverter a situação - é isso que têm feito os clubes mais desprotegidos pelas arbitragens, com resultados evidentes em Coimbra, por exemplo.
Não faz é sentido deixar João Eusébio sozinho nas críticas - ou o Rio Ave tem, na verdade, um comportamento diferente, não se referindo NUNCA às arbitragens ou então há que denunciar o que se passa.
Tudo isto é ainda mais ridículo se nos lembrarmos do barulho feito pela nossa direcção quando o Rio Ave ganhou em Belém com um penalti simulado por Gaúcho.
Estamos à espera de quê? De carpir as mágoas quando não houver nada a fazer?
Não sou dos que responsabilizam a arbitragem por tudo o que de mal acontece e até já escrevi neste espaço que num ou noutro momento fomos beneficiados.
Mas também já vi jogos em que fomos claramente prejudicados - o Benfica é apenas o último exemplo.
Não estive na Madeira e não vi o golo limpo que terá sido anulado, mas sei também que - numa fase crítica do campeonato e com a equipa numa situiação intranquila - as arbitragens podem ser decisivas.
Digamos que as equipas que se «safarem» da descida serão aquelas que forem protegidas - num livre que não foi marcado, numa expulsão perdoada ou assinalada à outra equipa, numa expulsão. Isto não é o mesmo que ser prejudicado - se Danielson não se tivesse posto a jeito, não teria sido expulso depois do jogo acabar; se Bruno Mendes tivesse conseguido cortar a bola antes da falta...
E, neste contexto, não tenho dúvidas de que o Rio Ave não tem sido protegido, em detrimento de outras equipas.
Não sei se os árbitros decidem concertamente ou se é cada um por si, mas sei que nos está a faltar a protecção no momento decisivo.
Também sei que se descermos não será por culpa dos árbitros!
Aconteceu o impossível.
O empate era péssimo, a derrota um desastre, a goleada... impossível!
Aconteceu.
Apesar do esforço de João Eusébio, há que reconhecer que se o empenho em campo aumentou, a confiança e qualidade do futebol nem por isso.
Em Paços de Ferreira esperava-se mais, no sábado foi a derrocada: a equipa estava colada com cuspe, a conjugação de determinados factores derrubou-a.
Agora resta esperar pelo milagre!
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